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BBC destaca Cabo Verde como "modelo" em África
O notável progresso económico e político de Cabo Verde deve ser visto como um modelo para o resto da África, escreveu o apresentador de programa da BBC Hoje, Evan Davis, após uma visita ao País. “Contrariamente à impressão que poderia ter tido de Nações Africanas, aqui é onde floresce uma democracia”.
Evan Davis esteve em Cabo Verde, em uma missão de três dias para investigar uma história surpreendente: que a África subsaariana não é apenas uma região de crianças famintas e ditaduras. A atribuição foi a mando do editor convidado da Fundação Mo Ibrahim, que sente fortemente que os meios ocidentais retractam a África sob uma luz negativa e monótona.
“Eu tenho que admitir, que eu não poderia dizer três fatos interessantes sobre Cabo Verde até que fui convidado para ir lá para o programa de Hoje. Eu não sabia onde estava - 570 km (354 km) fora da Costa de África Ocidental. Eu nem sabia como pronunciar seu nome. Bem, minha ignorância de como pronunciar o nome de Cabo Verde é perdoável. Mas que eu não sabia que este é um dos poucos países da região promovidos da categoria "menos desenvolvidos nação" até ao estatuto de "país de rendimento médio" das Nações Unidas é perdoável? E que é uma democracia que funciona bem com governo alternando entre os diferentes partidos políticos? Eu deveria ter sabido estas coisas, e eu estou contente de dizer que minha viagem de três dias o tenha confirmado”, escreve Evan Davis.
No seu artigo, o jornalista inglês escreveu que “jovens cabo-verdianos podem esperar uma educação muito melhor do que seus pais tiveram. Contrariamente à impressão que poderia ter tido de Nações Africanas, aqui é onde floresce uma democracia; onde um Presidente deixou o cargo após dois mandatos porque isso é o que a Constituição determina (tome nota Senhor Putin) e que a oposição critica livremente o governo. É um país onde o crescimento económico tem sido forte, a alfabetização é quase universal e dois terços da população têm um telefone".
É também um país que bate a muitos países da UE no índice de percepções da corrupção da ONG Transparência Internacional. "Em uma viagem de três dias, não se pode verificar estas afirmações, mas você pode obter uma impressão clara. Eu fui a uma praça na capital, Praia, onde eu vi uma dúzia de jovens atentos aos seus laptops, aproveitando o wi-fi gratuito disponível em várias praças. Eu vi uma faculdade de formação de turismo, custeada por programa de ajuda do Luxemburgo. Funcionou bem, houve alunos reais lá e nenhum dinheiro desapareceu em uma conta de banco na Suíça. Falei com o fundador de uma pequena e-business chamado Prime Consulting, que falou muito da facilidade com que novos negócios poderiam ser estabelecidos no País (leva dez minutos que ele disse)”
Esses fatos - e minha falta de consciência deles - sugerem que pode haver algo na questão apontada pela Fundação Mo Ibrahim. "Sabemos as más notícias sobre a África, mas não as boas. E, dado o grande volume de mau que emana de países da África Subsariana, podemos fazer suposições generalizadas sobre toda a população da África Subsariana" analisa Davis-
Evan Davis afirma:"eu não quero pintar uma visão optimista ridiculamente unidimensional do País. Não é nenhum paraíso. Mas ainda assim, Cabo Verde já percorreu um longo caminho durante um curto período de tempo. É um país que tinha fome matando dezenas de milhares de pessoas na primeira metade do século XX que agora se preocupa com bolhas de propriedade. A conversa mais reveladora que tive foi com Samira que me disse que sua mãe não tinha o liceu, mas ela, Samira, agora vai para a Universidade”.
É verdade que Cabo Verde é um exemplo incomum, mas antes de demiti-lo como a excepção que prova a regra de que o resto da África está além de ajuda ou esperança, vale a pena dar uma olhada nas estatísticas para o crescimento do rendimento nacional per capita dos países da África subsariana ao longo da última década: crescimento de 104% de Gana. Moçambique 103%; Ruanda 119%; Serra Leoa 99%; Tanzânia 95%; Uganda 81%, para citar apenas alguns.
"Eu não tenho certeza se essas taxas de crescimento retornaram em para o público em geral. Não queremos repórteres para actuar como líderes de elogio para um continente e não queremos que eles sempre estejam vendo com “óculos de meio cheio”. Mas se formos ver sempre apenas como “meio vazio”, pode ser demasiado desmotivador. Isto pode alimentar um fatalismo maçante que assume que fazer qualquer coisa é um desperdício de esforços. Portanto, sempre que você sentir o arrasto cansativo de fadiga e de compaixão, você pode, pelo menos, lembrar-se que Cabo Verde sugere que o progresso em qualquer parte do mundo não é impossível" conclui Evan Davis
Cabo Verde chora sua “diva dos pés descalços”
Cesária Évora 1941 — 2011, a cantora de maior reconhecimento internacional de toda história da música popular de Cabo Verde, faleceu no último dia 17 de Dezembro, de insuficiência cardiorespiratória.
Desde cedo, Cise, como era conhecida pelos amigos, começou a cantar e a fazer actuações aos domingos na praça principal da sua cidade, acompanhada pelo seu irmão Lela, no saxofone. Mas a sua vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves. Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a "Rainha da Morna" pelos seus fãs.
Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo - companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as actuações que fazia.
Encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal), Cesária Évora voltou a cantar, após uma temporada de aproximadamente 10 anos afastada dos palcos, actuando em Portugal. Em Cabo Verde um francês chamado José da Silva persuadiu-a a ir para Paris e lá acabou por gravar um novo álbum em 1988 "La diva aux pied nus" (a diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum "Miss Perfumado" em 1992. Desde então fixou residência na capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de word music contemporânea. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.
Em Setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a sua editora, anunciou o ponto final na sua carreira.
Cabo Verde conquista segundo compacto do MCC
Cabo Verde é o primeiro país no mundo a beneficiar de um segundo compacto dos fundos do Millenium Challenge Corporation-MCC. Ao confirmar, via telefone, ao Primeiro-Ministro, José Maria Neves, a atribuição do compacto o Director-Executivo do MCC Daniel Yohannes, destacou o desempenho de Cabo Verde como “um exemplo para a África e o Mundo” em termos de boa Governação.
O facto de que Cabo Verde torna-se no primeiro país do mundo a conseguir a atribuição do segundo compacto, em uma competição com vários países na categoria de Países de Rendimento Médio, é, segundo José Maria Neves, uma prova clara de “que Cabo Verde pode competir e pode ganhar a batalha de desenvolvimento”.
O Primeiro-Ministro salientou que a atribuição deste segundo compacto é um reconhecimento ao trabalho árduo de uma vasta equipa liderada por este governo em parceria com o MCA-Cabo Verde, na execução do primeiro compacto MCA-Cabo Verde, bem como dos ganhos da Boa Governação do País e resultados conseguidos nos vários indicadores de desenvolvimento designadamente políticos, sociais e económicos, como comprovam os vários relatórios de agências internacionais e nacionais, relativos à qualidade da governação e democracia em Cabo Verde.
A assinatura do acordo no montante de $67.2 milhões de dólares deverá acontecer em Fevereiro próximo, com a vinda do Director Executivo do MCC, Daniel Yohannes, que visitará o país pela terceira.
Trata-se de uma redução significativa em relação ao primeiro pacote que ultrapassou os 110 milhões de dólares. Isto deve-se ao momento complicado a nível internacional e, sobretudo nos Estados Unidos e que obrigou a uma maior restrição no fundo global do programa e consequente redução nos pacotes atribuídos.
Entre as razões para a atribuição do segundo compacto ao País, estão o empenho na implementação da Agenda da Reforma do Estado que, com a participação de parceiros nacionais e internacionais, tem mudado a Administração Pública cabo-verdiana, com a criação de produtos e serviços voltados para a melhoria do atendimento ao cidadão e às empresas.
Refira-se que produtos como a Casa do Cidadão, Empresa no Dia e Licenciamento Simplificado (comércio a grosso e a retalho, industrial, do turismo e da construção civil) e pagamentos electrónico tiveram grande impacto nos indicadores que medem a melhoria do ambiente de negócios, levando Cabo Verde a figurar no relatório do Doing Business 2012 entre os dez países mais reformadores do mundo, pelo segundo ano consecutivo, com uma melhora de dez pontos em comparação com o ano anterior.
Cabo Verde é a primeira democracia da CPLP
Cabo Verde acedeu mais uma posição, ultrapassando Portugal, e está em primeiro lugar entre os países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa-CPLP no Índice de Democracia – 2011. clique na imagem para ampliar.
Nos últimos cinco anos Cabo Verde teve um acentuado crescimento passando da posição 33 em 2008, para 27 em 2010, e 26 em 2011. A principal mudança aconteceu no indicador “cultura e maturidade política”.
No ranking de 2010, Cabo Verde está em 26º lugar; Portugal em 27º lugar; Timor Leste em 42º lugar; o Brasil em 45º lugar; Moçambique em 100º lugar; Angola em 133º lugar e a Guiné-Bissau em 157º lugar.
O Democracy Índex 2010 é um relatório elaborado pelo Economy Intelligence Unit - instituto ligado à revista "The Economist", que examina o estado de desenvolvimento e consolidação da democracia 167 em países. Para avaliação são utilizadas cinco categorias gerais: o processo eleitoral e pluralismo, as liberdades civis, o funcionamento do governo, participação política e cultura política.
De acordo com a pontuação os países são classificados em "democracias plenas", "democracias imperfeitas", "regimes híbridos" (todos considerados democracias) e "regimes autoritários" (considerados ditatoriais).
Cabo Verde continua a progredir no ranking da transparência
Com 5.5 pontos, Cabo Verde passou ao segundo lugar no ranking regional no Índice de Percepção da Corrupção CPI -2011.
Nos últimos três anos, o País avançou seis posições no ranking global, passando de 47º para 41º lugar entre os 183 países avaliados pela ONG Transparency International.
O Índice de Percepção da Corrupção, publicado anualmente, é uma avaliação de como a sociedade percebe o desempenho da administração pública. A avaliação é feita com base em 13 pesquisas independentes e classifica os 183 países avaliados em uma escala de 10 (altamente limpo) para 0 (muito corrupto).
Mesmo com o aumento do número de países avaliados em 2011, a nível de África, Cabo Verde classifica-se na segunda posição, com 5.5 pontos ficando atrás apenas de Botswana que obteve 6.1 e lidera o ranking regional.
A melhoria que Cabo Verde vem alcançando anualmente, resulta do compromisso na implementação da Agenda da Reforma do Estado, que tem como objectivos a consolidação da democracia e reforço da cidadania, através da implementação de várias medidas associadas à modernização das instituições a governação electrónica, as reformas financeiras em curso, a introdução do novo regime das aquisições públicas, reforço da regulação e fiscalização, a implementação do plano para combate da corrupção, lei de branqueamento de capital, reformas da segurança e defesa nacional.
A Nova Zelândia ficou em primeiro lugar, seguida da Finlândia e Dinamarca. A Somália e a Coreia do Norte são os últimos classificados.
“2011 viu o movimento por uma maior transparência tomar um momento irreversível, à medida que cidadãos ao redor do mundo exigem responsabilidades e transparência dos seus governos. Os países com altas notas mostram que com o tempo os esforços para melhorar a transparência podem se mantidos, bem sucedidos e beneficiar seu povo,” disse o Director Executivo da Transparência Internacional, Cobus de Swardt.
Segundo a Transparency International, os países da zona Europeia que sofrem de crises de endividamento, em parte se deve às falhas das autoridades em atacar o suborno e a evasão de impostos que são os factores chaves da crise de endividamento, estão entre os países com menor nota da União Europeia.