- Democracia e Cidadania
-
- Enquadramento
- Constituição da República
- Símbolos da Nação
- Estado e Promoção da Cidadania
- Declaração dos Direitos Humanos
- Projecto Cidadania 1 Minuto
- Guia do Cidadão Eleitor
- Cartilha da Criança Cidadã
- Filmes "Cidadania em 1 Minuto"
- Fórum Cidadania e Cultura da Paz
- Relatório "Cidadania em 1 Minuto"
- Filmes "Cidadania em 1 Minuto"
- Reforma do Sistema Político
- Gestão do Território
- Descentralização
- Justiça
- Segurança
- Transparência
-
- Estratégias
-
- Enquadramento
- Prog. Gov Legisl. 2006-2011
- Prog. Gov.VIII Legisl. 2011-2016
- Mudar para Competir
- Grandes Opções Plano 2002-2005
- Agenda da Reforma do Estado
- Crescim. e Redução da Pobreza II
- Concept paper Parc. Especial UE
- Parc. Especial CV-União Europeia
- Quadro Estr. Parc. Especial CV-UE
- Projeto Improving Business
- Adesão à OMC
- PLPR Perspectivas IIIº Fase
- Plano de Acção Nac.M. Ambiente
- Estado da Nação 2008
- Estratégia de Protecção Social
- Estudo Mercado de Emprego
- Política Energética
- Política Nacional de Saúde
- Agência Desenv. Emp. e inovação
- Plano Estratégico da Justiça
- Relatório OE 2012
-
Porquê investir em Cabo Verde? Há pelo menos 10 bons motivos
No coração do Atlântico, um país no centro das rotas de todos os mundos, Cabo Verde tem vários atrativos para o investimento externo. Seguem-se 10 ordens de razão para apostar na nação.
1.º Cabo Verde, dez ilhas no meio do Atlântico na encruzilhada de três continentes, é a terra de sol, mar, montanhas, de “Pão e Fonema” (Corsino Fortes, poeta e político) e de homens e mulheres dignos, resilientes e resistentes que “as cabras ensinaram a comer pedras” (Ovídio Martins, escritor e jornalista) e que “pensa pelas suas próprias cabeças” (Amílcar Cabral, político e teórico) com uma cultura rica e viva que tem como sua rainha a diva dos pés descalços – Cesária Évora.
2.º É uma nação democrática, pacífica, tolerante e bem governada. Na África, é o país mais estável política, civil, social e economicamente. O Estado de Direito Democrático é uma realidade consolidada. As instituições são sólidas e funcionam, conferindo credibilidade ao país.
3.º A boa governação de Cabo Verde é reconhecida por todos os países e instituições internacionais que se preocupam com estas matérias, sendo fonte de credibilidade interna e externa. Como exemplo destaca-se ter sido o único país do mundo a beneficiar de um 2.º Compacto do Millennium Challenge Corporation por ter preenchido todos os requisitos necessários para a elegibilidade a estes fundos. A qualidade da democracia e da boa governação é reconhecida nos principais rankings mundiais, designadamente das liberdades, da democracia e de competitividade:
- É país de primeira categoria em termos de liberdade civil e política, sendo o mais livre de África (Freedom House).
- É a 31.ª democracia mundial e 1.ª da lusofonia (Index of Democracy).
- Tem a segunda melhor governação africana (Mo Ibrahim).
- É o terceiro país economicamente mais livre em África (Herigate Foudantion).
- O risco soberano do país tem um outlook estável - B (dívida longo prazo em moeda local) B (dívida longo prazo em moeda estrangeira) – Standard & Poor’s Rating.
- Está no top 20 mundial dos melhores reformadores económicos nas últimas duas décadas (Herigate Foudantion).
- Figura no top 10 de Melhor Destino Turístico Ético 2015 (The World’s 10 Best Ethical Destinations).
- É top 10 dos melhores inovadores africanos (OMPI) e integra a lista dos países mais dinâmicos do mundo na promoção das TIC (World in the Global Information and Communication Technologies Development Index).
4.º Desde 1975 que o país tem feito um enorme investimento na melhoria das condições de vida, com especial atenção a questões básicas como a segurança alimentar, educação e saúde para todos. Graças a isso hoje o país regista a melhor esperança de vida africana – 73,9 anos (IDH – PNUD e Mo Ibrahim). A esperança de vida passou de 56 para 71 anos nos homens e 79,7 para as mulheres. Investiu-se na saúde das populações, melhorando o acesso e qualificando as respostas. A mortalidade infantil foi reduzida para 20,1 por mil. A pobreza foi reduzida de forna significativa, de mais de metade da população para 21% em 2013. Perto de 90% da população tem acesso a água potável. A energia elétrica cobre mais de 95% do território, com forte contribuição das energias renováveis. Hoje todas as regiões estão equipadas com estabelecimentos de ensino e estabelecimentos dedicados aos cuidados com a saúde. O resultado? Cabo Verde foi graduado a país de rendimento médio segundo as Nações Unidas, sendo o único a conseguir realizar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, tanto na redução da pobreza e da fome como na educação, estando próximo de realizar o compromisso na área da saúde. As organizações internacionais perspetivam que o país esteja em condições de realizar os restantes Objetivos do Milénio até o final deste ano.
5.º A qualificação, capacitação e fortalecimento do capital humano foram sempre, desde a primeira hora, os principais consumidores dos recursos orçamentais, fazendo com que o capital humano fosse, logo após a independência, considerado a grande prioridade de desenvolvimento para o país. O forte investimento na educação permitiu que o acesso ao ensino fosse democratizado, que o analfabetismo fosse tecnicamente eliminado, levando a que praticamente todas as crianças tivessem a possibilidade de estar hoje nas escolas espalhadas por todos os concelhos e localidades remotas do país, e contribuindo para que a paridade de género fosse alcançada na educação e ensino. A população está mais instruída, com taxas de escolarização elevadas, alcançando os níveis dos países desenvolvidos. Se em 1975 Cabo Verde tinha apenas dois liceus, hoje contabilizam-se 50, sem contar com as escolas técnicas e com os centros de formação profissionais, passando de pouco mais de 2 mil alunos no ensino secundário na altura da independência para mais de 52 mil. No ensino superior contam-se hoje dez estabelecimentos, frequentados por mais de 13 mil estudantes, aos quais acrescem os mais de 5 mil em formação no exterior.
6.º Tem registado um crescimento sustentado ao longo dos anos (média de 5%). O rendimento per capita, que em 1975 era de cerca de 120 dólares, é hoje mais de 3.800 dólares. Para a constituição de uma empresa não se exige capital mínimo; o registo de constituição pode ser feito num único dia, por um valor mínimo de 100 dólares. Os licenciamentos de funcionamento das empresas, nomeadamente de setor de comércio, turismo e industrial, demoram, em média, 48 horas. A emissão de uma certidão de registo de propriedade pode ser conseguida em 48 horas, e o cumprimento do contrato é fortemente respeitado (47.ª posição Doing Business). A Janela Única de Investimentos, já em funcionamento, permitiu a desmaterialização online de todo o processo de pedido de certificado de investidor e aprovação de projetos de investimento, com impacto considerável na facilitação dos registos e aprovação dos projetos de investimentos, possibilitando o acompanhamento da evolução dos processos pelos investidores. Destaca-se ainda as condições favoráveis para investimentos e a criação do Centro de Internacional de Negócios, aprovadas através do Código de Investimento e do Código de Benefícios Fiscais.
7.º A infraestruturação foi sempre uma preocupação inicial, e tem sido encarada como prioridade para o desenvolvimento do país. Particularmente na última década investiu-se fortemente na construção e modernização de portos, na construção de aeroportos (hoje o país dispõe de quatro aeroportos internacionais), rede moderna de estradas, incremento da penetração da energia elétrica, com um aumento de 15 vezes a capacidade instalada (em 2016 o país estará 100% eletrificado) e, em 2020 a meta é atingir os 100% em energia renovável, bem como em estruturas de mobilização de água para consumo doméstico, industrial, comercial e agrícola, e ainda alargamento saneamento básico. Esta infraestruturação tem permitido a potenciação de importantes setores de desenvolvimento, com destaque para o o turismo – o motor da economia, mas que ainda tem um enorme potencial para ser explorado. O setor do mar constitui um dos grandes potenciais do país, quer seja na área da logística e do transporte marítimo internacional, quer na área da exploração e investigação marinha. O agronegócio está em franco desenvolvimento; com a construção de barragens de retenção de água em diversas ilhas criou-se uma grande oportunidade para o desenvolvimento da produção agrícola e instalação de indústrias transformadoras. O país dispõe de uma cultura rica e diversificada, espelhada na sua música, que alicerça uma indústria criativa e de entretenimento como um dos setores com maior potencial.
8.º A partir de Cabo Verde os investidores conseguem acesso preferencial e diferenciado aos mercados internacionais, nomeadamente pela integração do país na CEDEAO - Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, pela existência de uma parceria especial entre Cabo Verde e a União Europeia, e pelo African Growth and Opportunity Act (AGO). Junta-se a isso o facto de o país gozar de grande credibilidade junto de importantes parceiros internacionais, quer seja multilateral como unilateral, bem como a sua extraordinária posição geostratégica, no centro de todas as rotas mais importantes no Atlântico.
9.º O país é hoje reconhecido internacionalmente pelo desenvolvimento sustentável de soluções informáticas “Made in Cabo Verde”, concebidas e desenvolvidas por competências nacionais que trouxeram mais credibilidade, celeridade, transparência na tomada de decisão e na gestão dos recursos financeiros do Estado, dos organismos do poder central, local e de serviços periféricos. Por causa disso venceu o Prémio Africano de Inovação para o Setor Público em 2012 na categoria de inovação nos sistemas e processos governativos. Cada vez mais é referenciado como um dos países com maior potencial de inovação. A Estratégia de Banda Larga em implementação deverá potenciar mais ainda a inovação, criatividade e modernização na forma de fazer negócios em Cabo Verde.
10.º Oferece inúmeras oportunidades de investimento em áreas como o turismo, infraestruturas, economia marítima, energias renováveis, tecnologias de comunicação, indústrias criativas, entre outras. Cabo Verde está recetivo ao investimento e dispõe de um quadro legal e institucional favorável. Os investidores são muito bem-vindos.
Porquê investir em Cabo Verde? Há pelo menos 10 bons motivos – Carlos Santos
10-12-2015
Carlos Santos é secretário executivo da Unidade de Coordenação da Reforma do Estado (UCRE) de Cabo Verde e coordena o Pilar da Boa Governação no âmbito da Parceria Especial com a União Europeia. Formado em Direito, vertente jurídica, pela Universidade Clássica de Lisboa, tem vindo a desempenhar vários cargos na Administração Pública de Cabo Verde, desde diretor-geral da Administração Pública a diretor-geral do Gabinete Estudos do MFP e Coordenador das Reformas Financeiras - MFP, passando pela coordenação do acordo estabelecido com o FMI – Policy Suport Instrument (PSI), integrando ainda a equipa negocial. Fez a coordenação provisória do 1.º Compacto e Programa do Millennium Challenge Account - Cabo Verde (MCA-CV) e preside o Conselho Consultivo da componente reformas direito propriedade e cadastro do 2.º Compacto e Programa de Millennium Challenge Account MCA-CV. Coordenou e participou em vários grupos de trabalho e de estudos, bem como na execução de documentos estratégicos do país, leis e atos da República. Exerceu funções de presidente da Assembleia da Federação Nacional de Futebol e de presidente do Conselho Jurisdicional da Federação Nacional de Basquete. Fundou e integra a comissão da criação da Associação de Defesa dos Consumidores – PRODECO, e é vice-presidente da Associação Desenvolvimento da Praia – Pró Praia.
UCRE recebeu Sr. Tomas MATRAIA da Direcção de Investigação e Inovação da União Eurpoeia
No âmbito da implementação da parceria Especial com Cabo Verde (pilar de Sociedade de Conhecimento e Informação) e no quadro da realização do Programa Horizonte 2020 (H 2020) a UCRE recebeu hoje de manhã o Sr. Tomas MATRAIA, da Direcção de Investigação e Inovação da União Eurpoeia, que está em Cabo Verde a convite de MESCI - Ministério do Ensino Superior, Ciência e Inovação para participar num evento de dois dias intitulado “Raising Awareness Workshop on H 2020 and Capacity Building Training on Innovation Leadship and effective Communication” que terá lugar nos dias 26 e 27 de Novembro de 2015.
O Programa H 2020 é uma iniciativa voltada para a Ciência, Investigação e Inovação, que permite, entre outros aspectos, a investigadores juniores e seniores, de participarem em consórcios juntamente com outros investigadores da União Europeia mas também de certos países Africanos e entrar em processos competitivos visando obter financiamento para desenvolvimento de projectos de investigação e inovação.
Avaliação do MCC destaca mais uma vez Boa Governação de Cabo Verde
Foi hoje publicado o Scorecard 2016 do Millenium Challenge Corporation (MCC). Nesta última avaliação do MCC, Cabo Verde, aparece novamente bem na foto, particularmente no que respeita a questões ligadas a qualidade da governação, tanto a nível da transparência e gestão da coisa pública, como a nível do reconhecimento e protecção dos direitos e liberdades civis e políticos.
Seguindo a filosofia do MCA que é de estimular a democracia e o desenvolvimento dos países, esta avaliação é feita com base em critérios que têm em atenção, sobretudo, o funcionamento das instituições, desenvolvimento social e económico, a defesa dos direitos e liberdades dos cidadãos e, políticas que visam o empoderamento das pessoas. Assim, esta avaliação é feita de acordo com as seguintes três categorias: Liberdades Económicas, Investimento nas pessoas e Governação com Justiça. Na generalidade o nosso país está como nos anos anteriores, bem avaliado.
É precisamente no quesito (Rulling Justly – Governar com Justiça), categoria que engloba indicadores como, Estado de Direito Democrático, Boa Governação, Transparência, Liberdades Políticas e Civis, que Cabo Verde consegue o maior score, seguindo a tendência de outros «score cards», tendo em conta os seguintes seis indicadores:
Direitos Políticos (37 – 100%); Liberdades Civis (53-93%); Liberdade de Informação (27-93%); Eficiência Governativa/Administrativa (0.45 – 81%); o Cumprimento das Leis (0.99 – 96%); e o controle da Corrupção (1.42 – 96%).
Para além de ser considerado pelo MCC e pelo Governo dos Estados Unidos como um pleno Estado de Direito Democrático, Cabo Verde é dos países mais bem avaliados também, em relação aos seis aspectos questões que dizem respeito ao Investimento nas Pessoas (Investing in People), reconfirmando as boas políticas sociais e económicas deste Governo, com repercussões na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Sem contar que o país melhorou a sua performance em relação às avaliações anteriores.
Senão vejamos:
Educação: Cabo Verde é bem avaliado tanto no que diz respeito a medidas que favoreçam e estimulem a permanência das meninas nas escolas secundárias (122.1 pts – 100%), como em relação aos investimentos (gastos) na educação primária, em que o país conseguiu uma pontuação de 1.89 (61%).
Saúde, regista-se um ganho do país relativamente ao aumento dos investimentos (gastos) com a saúde (3.21 pts – 56%). É de se referir que este aumento dos investimentos, está directamente ligado a, entre outros aspectos, à forte aposta feita na formação de técnicos e na especialização de quadros médicos, para além da introdução de novas especialidades e valências, bem como na modernização e construção de novas infra-estruturas de saúde um pouco por todo o país.
Destaca-se ainda excelente melhoria a nível das taxas de imunização (vacinação) com uma pontuação de 94. 0 (74%). O que é um testemunho ao forte esforço deste que o país tem feito, no que respeita às campanhas de vacinação contra o Sarampo e a Rubéola e contra a Poliomielite, seguindo a filosofia da prevenção, bem como as orientações da OMS e outras agências das Nações Unidas.
Na linha também das avaliações anteriores, ainda em matéria de investimento nas pessoas, as Ilhas continuam a ser avaliadas negativamente no que se refere à protecção dos recursos naturais (14.9 –7%). O mau score aqui está directamente ligado à dificuldade do país de cobrir de forma eficaz e com recursos próprios, imensidão de território marítimo sob a sua jurisdição.
Não obstante as dificuldades, o país tem conseguido grandes avanços nesta matéria, através de várias parcerias com países amigos na patrulha e reforço da segurança nos nossos mares. Os investimentos no que respeita a sistemas e meios próprios de vigilância (reforço de contingente e de meios da Guarda Costeira, de referir a aquisição de o navio Guardião e de um avião, a título de exemplo, e a implementação de sistemas modernos de vigilância marítima e aérea, a instalação do COSMAR, etc.
Neste aspecto deve-se considerar ainda as boas parcerias com a União Europeia e com os EUA.
A parceria com os EUA, conheceu novos avanços pelo facto de Cabo Verde passar a ser considerado desde o início deste mês de Novembro, como parte do grupo dos países africanos considerados “Anchor States”, o que abre espaço para se alcançar NOVOS HORIZONTES a nível da cooperação bilateral entre os dois países.
Liberdades económicas (Economic Freedom): Aqui, igualmente, a avaliação global é positiva como mostram os scores relacionados à inflação, com uma pontuação de 0.2 (96%); Nos direitos e acesso à terra/terrenos a avaliação também é bastante positiva (0.81 pts - 74%). Estes ganhos estão directamente ligados ao conjunto de reformas implementadas, nomeadamente para a modernização dos registos de propriedades e Cadastro Predial, bem como todas as restantes reformas em curso financiadas pelos fundos do próprio MCC no âmbito do projecto Land.
Realça-se ainda os resultados positivos acima da média, no concernente ao indicador Iniciar Negócios (0.944 – 63%), igualmente resultante das medidas de melhoria de ambiente de negócios, dos quais podemos citar o lançamento da Janela Única de Investimentos.
Da mesma forma quanto à Qualidade da Regulação, Cabo Verde consegue uma melhoria em relação às avaliações anteriores, com uma pontuação de 0.36 pontos (85%), e que está directamente ligado ao pacote de reformas inseridas no programa «Mudar para Competir» e que visa o reforço de regulação.
De entre elas, refere-se especialmente a implementação de medidas com vista a melhoria da fiscalização, da inspecção e controlo da actividade económica, da melhoria da defesa dos consumidores e da melhoria do acesso a água e saneamento, designadamente, com o reforço institucional verificado nas várias agências, com destaque para a ARFA, a criação de Instituto de Qualidade e a criação e operacionalização da Agência Nacional de Água e Saneamento, esta ultima financiada no âmbito do segundo compacto MCA-CV.
É contudo, dentro desta categoria sobre as Liberdades Económicas que se inserem alguns dos maiores desafios do país, como sejam a Política Fiscal (-8.9 – 4%) a política comercial (68.2 – 22%) e o acesso ao crédito (44 – 33%) e as questões sobre a performance do género na economia (n/a por falta de dados fornecidos ao MCC).
A falta de recursos de um Estado pequeno e pobre, a dimensão do mercado financeiro e pouca capacidade de poupança, agravadas pela actual crise económica internacional, são, assim como em outras avaliações feitas por outras instituições, algumas das razões apontadas para esta fraca avaliação nestes últimos aspectos ligados às Liberdades Económicas.
Em relação ao acesso ao crédito para além da falta de recursos do próprio Estado (face a própria dimensão de mercado financeiro e da capacidade de poupança), sobretudo na actual conjuntura de crise internacional, a relutância e reduzida capacidade da banca comercial, nacional, em correr riscos e inovar com produtos financeiros mais sofisticados.
Contudo, o Governo contínua avançar com o seu ambicioso programa de reformas onde se contemplam medidas que, certamente, terão impacto positivo, permitindo no futuro melhorar ainda mais a performance económica do país, em especial no que respeita as facilidades de acesso aos financiamentos, como sejam a operacionalização do regime especial de pequenas e médias empresas e reforço dos mecanismos alternativos e facilitadores de acesso ao financiamento com destaque para as micro – finanças.
As boas perspectivas de um crescimento positivo, como mostram os prognósticos de várias instituições como sejam o FMI e o Banco de Portugal são igualmente factores que permitem ver com optimismo o futuro.
De todas as formas, pela importância e idoneidade reconhecidas a uma instituição como é o MCC, o reconhecimento do bom trabalho global desta governação é algo que nos acalenta e nos motiva a fazer cada vez melhor em prol do bem da Nação cabo-verdiana, e que deverá ser, igualmente motivo de satisfação e uma vitória de todos nós.
Bem-haja a todas as cabo-verdianas e Cabo-verdianos!
Quadros:
Para mais informação acesse o MCC através do link: www.mcc.gov
UCRE recebe uma Delegação Governamental da Guiné Bissau para apresentação da Agenda de Transformação e Reforma do Estado
No quadro das relações de amizade e cooperação existentes entre Cabo Verde e Guiné Bissau, a UCRE - Unidade de Coordenação da Reforma do Estado, recebeu hoje, dia 23 de Novembro, pelas 10h00, uma delegação chefiada pelo Sr. Ministro da Função Publica e Trabalho, Luís Aníbal Vaz Fernandes, para a apresentação da Agenda de Transformação e Reforma do Estado.
O objectivo da visita da delegação é o de realizar um estudo comparado enquadrado no cumprimento das funções primárias do Ministério, nomeadamente a administração e a modernização dos serviços do Estado.
Na reunião foi compartilhada a experiência de Cabo Verde no âmbito das Reforma de Estado implementadas, bem como a apresentação das melhores práticas e técnicas em matérias de princípios, modelos e estratégias da Reforma do Estado, de governação electrónica, de modernização administrativa e da melhoria de ambiente de negócios.
Além da Unidade de Coordenação da Reforma do Estado a comitiva guineense irá visitar o Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI), a Escola da Hotelaria e Turismo de Cabo Verde, (EHTCV), o Instituto Nacional de Previdencial Social (INPS) entre outras instituições.
Num futuro próximo espera-se reforçar as parcerias existentes entre os dois países, nomeadamente através de estabelecimento de programas de cooperação específicos de assistência técnica entre as equipas de técnicos de cabo-verdianso e guineenses a nível da governação electrónica, função pública, e administração.
DOING BUSINESS 2016 - CABO VERDE
-
-
-
-
- Cabo Verde baixou 2 posições no ranking de 124 para 126, tal se deve as mudanças de metodologia, conforme está indicado no relatório e, também à entrada de novos países.
-
Subiu em termos de pontuação, quer dizer que globalmente houve uma melhoria em relação a 2015 e está acima da média regional africana.
-
As melhorias verificaram-se particularmente nos indicadores de “Registo de Propriedade”, com uma progressão de 12 pontos, e no “Cumprimento dos Contratos”. Esses avanços reflectem as reformas realizadas e em curso, nomeadamente a nível da informatização dos Registos, criação do Sistema de Informação Territorial e Cadastro, reformas institucionais com a criação do Instituto de Gestão Territorial, reformas legais no sentido de maior previsibilidade e segurança jurídica da gestão da propriedade.
-
Os maiores desafios prendem-se com:
-
- A Insolvência, quer dizer a possibilidade de declaração de falência das empresas que se encontram numa situação de insolvência e de inactividade. Medidas legislativas estão em curso, incluindo ao nível de recuperação de empresas;
-
- A Proteção de Investidores Minoritários. Medidas em curso no quadro da revisão do Código das Sociedades Comerciais;
-
- A Obtenção do Crédito, devido à pequena dimensão do mercado financeiro, à fraca capacidade de poupança nacional e pouca inovação em termos de produtos financeiros. O Regime especial de Pequenas e médias empresas, que não foi considerado nesta avaliação do DB, bem como implementação de novos mecanismos facilitadores do acesso ao crédito, podem vir a representar ganhos nesta área. Espera-se também que a Banca assuma uma posição menos conservadora;
-
- A Obtenção de alvarás de construção, a cargo das Câmaras Municipais.
- Cabo Verde é o terceiro Estado da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) no ranking. Pela frente tem apenas Portugal (23º) e Brasil (116º). Segue-se Moçambique (133º), São Tomé e Príncipe (166º), Timor-Leste (173º), Guiné-Bissau (178º) e por fim, entre as piores posições, encontram-se a Guiné-Equatorial (180º) e Angola (181º).
O ranking Doing Business é liderado pela Nova Zelândia e Dinamarca. No fundo da tabela estão o Sudão do Sul, a Líbia e, por último, a Eritreia. O relatório do Banco Mundial diz que os países em desenvolvimento aceleraram as reformas nos últimos 12 meses para facilitar os negócios: 85 deles implementaram 169 medidas, acima das 154 feitas no ano anterior. Os países de alta renda fizeram 62 reformas. Ao todo, mais de 60% dos países do mundo melhoraram as regras de negócios.
-
Relatório Doing Business 2016 Cabo Verde
-
-
-
Mais artigos...
- Cabo Verde recebe delegação dos RNI de São Tomé e Principe
- ONU: Nobel da Paz ressalta importância da sociedade civil
- Quarteto para o Diálogo Nacional da Tunísia surpreende e vence Nobel da Paz
- A UCRE recebeu Celine MAERTENS a Gestora de Programas da Unidade para o Crescimento Sustentável e Desenvolvimento da Direção-Geral para a Cooperação e Desenvolvimento da Comissão Europeia