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“É preciso mudar para competir e ganhar os desafios do futuro”
“É preciso mudar para competir e ganhar os desafios do futuro”
Ao comemorar o primeiro ano de governo da VIII Legislatura, o Primeiro-Ministro e Ministro da Reforma do Estado, José Maria Neves, discorreu sobre as conquistas que o País tem alcançado, os desafios a enfrentar e a necessidade de participação da sociedade. Ele apelou aos jovens a escolherem o caminho do sucesso e da felicidade “construídos com o suor do trabalho”
Atendendo ao primeiro aniversário do governo, é oportunidade para se fazer um balanço. Como vê o Senhor Primeiro/Ministro este primeiro ano de governação, diante do cenário de crise?
Apesar da crise financeira mundial, estamos com um bom desempenho. O puzzle, que é a transformação de Cabo Verde, está a encaixar-se. Vemos que o Cluster do mar está a estruturar-se, os transportes aéreos e marítimos estão a organizar-se e Cabo Verde está a transformar-se gradualmente num “Hub”, as economias criativas começam a ganhar corpo, estamos a dar passos significativos no domínio das tecnologias informacionais e a praça financeira cabo-verdiana ganha contornos mais claros. O cluster das energias renováveis também está a afirmar-se e, sobretudo, estamos a modernizar as infra-estruturas, a qualificar os recursos humanos e a densificar o sector privado. Considero que no último ano demos passos significativos no domínio da modernização do País e da consolidação da agenda de transformação, tornando Cabo Verde num centro internacional de prestação de serviços e num País mais moderno, mais próspero, mais inclusivo onde há mais oportunidades que devem ser partilhadas por todos.
Uma questão central para a melhoria da competitividade é o investimento no factor humano. Cabo Verde tem aberto janelas de cooperação com vários países nos sectores tecnológicos como a Índia, a China e, agora, a Austrália. O caminho a seguir é esta aposta na cooperação não só para enviar estudantes, mas também no intercâmbio entre as universidades e na partilha de conhecimento tecnológico?
Um grande ganho para Cabo Verde tem a ver com as âncoras para sustentar esta dinâmica de transformação. Veja-se o Millenium Challenge Account, o segundo compacto. Veja-se a Parceria Especial com a União Europeia. Veja-se a parceria estratégica com a China, Japão, Singapura, Índia, Brasil e Angola. Veja-se a nossa inserção agora muito mais competitiva no espaço da CEDEAO. A nossa política de aproximação à Mauritânia e ao Marrocos, a nossa política de inserção no espaço da Macaronésia. Isto quer dizer que Cabo Verde está a consolidar parcerias para acelerar o ritmo de transformação. Parcerias não só para modernizar as infra-estruturas e qualificar os recursos humanos, mas também para a realização de fortes investimentos privados, o que leva necessariamente à densificação do tecido empresarial e aumento da produtividade da economia.
Um aspecto importante em todo este processo de transformação tem a ver com a energia e água. Todavia, questiona-se de que ainda estamos por ultrapassar todos os constrangimentos. Há ainda uma certa inquietação. Em que em pé está a questão da energia?
Houve efectivamente grandes investimentos na produção de energia e água. Aumentámos a produção tanto da energia como da água. Aumentámos a cobertura de electrificação de 50% para 95%. Mais do que duplicamos o número de clientes da empresa de electricidade e água e mais que duplicamos a capacidade de produção de energia eléctrica no País. Neste momento, estão em curso investimentos avultadíssimos, mais do que isto, cumprimos a meta de penetração de energias renováveis. Estamos neste momento entre 25% a 30% de penetração das energias eólica e solar, o que ultrapassa a meta inicialmente prevista. No momento, tendo em conta este grande crescimento, há muitas avarias que acontecem e prejudicam o abastecimento. Por outro lado, há ainda alguns aspectos de gestão que precisam ser afinados, que tem a ver sobretudo com a arrecadação das receitas, que depende da cobrança das dívidas das câmaras municipais, das instituições públicas, das empresas privadas e dos cidadãos, em geral. Tais dívidas são avultadíssimas e prejudicam a tesouraria da empresa. Sobressai ainda o problema mais grave que é o roubo de energia, questão muito complexa e que deve ser combatida. Estamos empenhados em estabilizar a situação e resolver o problema de abastecimento de energia eléctrica ao País.
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Reforço da cidadania busca empoderar os cidadãos para o conhecimento e a defesa dos seus direitos e deveres
Cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres, e capazes de os defender perante as instituições e o mercado, formam a base para uma sociedade democrática em que as regras são amplamente conhecidas e respeitadas por todos.
No âmbito da Reforma do Estado, as ações de educação e sensilização para reforço e promoção da cidadania visam promover o empoderamento dos cidadãos, com foco especial nas crianças e nos jovens, para a promoção da cultura da Paz e do desenvolvimento económico sustentável.
A Reforma do Estado está a promover o empoderamento do cidadão também perante o mercado, designadamente nas relações de consumo através da maior participação das entidades de representação dos consumidores, designadamente da Associação para a Defesa do Consumidor-ADECO, nas instâncias de formulação, seguimento e avaliação das políticas públicas voltadas a regulação e fiscalização dos agentes econômicos.
Enquanto elo mais frágil da cadeia de consumo, os cidadãos cabo-verdianos passam a contar cada vez mais com mecanismos de controlo apoiados em leis e normas de regulação do mercado e regulação técnica, e na actuação das agências de regulação e fiscalização.
As entidades reguladoras e fiscalizadoras estão a receber a capacitação institucional e técnica, através de qualificação e formação dos recursos humanos e reforço de meios técnicos e tecnológicos. Desta forma, a Agenda da Reforma do Estado está a dotar o País de mecanismos que visam a protecção da qualidade de vida e o respeito aos direitos do cidadão.
Missão da Guiné-Bissau e União Europeia colhendo a experiência da Reforma do Estado
Uma missão do Governo da Guiné-Bissau e da União Europeia, integrada pela Adida para a Cooperação, Eleonora Formagnana, e pelo Director dos Serviços de informática, Watn
A visita da missão guineense acontece na sequência da visita oficial do Primeiro-ministro à Guiné-Bissau realizada em novembro do ano passado, acompanhado de um delegação da qual fizeram parte, o secretário-executivo da Unidade de Coordenação da Reforma do Estado-UCRE, Carlos Santos, e o coordenador técnico do NOSI, Hélio Varela.
A missão, que chegou no último dia 5 de Março, visitou a Unidade de Coordenação da Reforma do Estado-UCRE – onde participou de uma sessão de apresentação e discussão da estratégia de reformas do estado e melhorias dos serviços aos empresários e cidadãos e princípios das reformas e relações entre os vários ministérios e departamentos.
Durante a estada em Cabo Verde, a missão guineense esteve no Núcleo Operacional para Sociedade de Informação para conhecer o modelo da Governação Electrónica de Cabo Verde e o actual Data Center. De seguida visitou a Casa do Cidadão para uma sessão de apresentação e discussão sobre os produtos e o funcionamento da casa do cidadão - sobre o modelo de negócios da casa do cidadão, do Modelo e Produtos Integrados implementados em Cabo verde e das Principais Aplicações Integradas (SIM, SIGOF, EMPRESA NO DIA, LLICENCIAMENTO, REGIME ESPECIAL).
Completando a agenda de visitas, a missão participou na Agência de Desenvolvimento Empresarial e Inovação-ADEI, de um encontro com empresários com a participação da Câmara do Comércio Indústria e Serviços de Sotavento CCISS e de uma visita e encontro de trabalho com os responsáveis do Instituto de Emprego e Formação Profissional-IEFP e da Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde–EHTCV. A missão termina nesta quarta-feira com uma visita ao Instituto Nacional da Previdência Social-INPS, seguida de uma visita à Cidade Velha.
UCRE homenageia a mulheres cabo-verdianas na figura da artista plástica Misá
A mulher sempre esteve presente na sociedade cabo-verdiana contribuindo para o desenvolvimento social e económico do País.
De mães e educadoras, a artistas e empreendedoras, a mulher cabo-verdiana tem demonstrado sua força em todos os sectores, em iniciativas que mostram o compromisso com os valores da solidariedade, da tolerância e promoção da cultura da paz.
Assim é Maria Isabel Alves-Misá, artista plástica que há cerca de 14 anos se dedica a promover a melhoria das condições de vida na comunidade dos “rabelados”.
A mesma visão do ser humano em equilíbrio, constante em sua arte na figura dos “Apaixonados” que simbolizam “o universo personalizado, a consciência humana, a solidariedade e o amor, a ligação com a natureza, para universalizar com o amor”, está presente no trabalho desenvolvido junto aos “rabelados”.
A aproximação com a comunidade que hoje tem cerca de mil integrantes foi cuidadosa. “Eu passei mais de um ano visitando a comunidade”, lembra Misá. Este tempo, para além de ganhar a confiança do grupo que até então vivia a margem da sociedade cabo-verdiana, foi necessário para compreender as crenças e o funcionamento de uma comunidade que tinhas regras próprias.
Sem a propriedade da terra, os “rabelados” viveram até 1997 em condições precárias, sem acesso a água e escolas, e sem o registro civil, vivendo em casas de armação de “funko”. Até hoje, têm na agricultura e no artesanato a principal fonte de renda.
Empenhada em levar à comunidade de Espinho Branco melhores condições de vida, Misá fez da promoção da cidadania a sua outra forma de arte. Assim é que, com o apoio de diversas pessoas e instituições, dentre elas as Forças Armadas, os “rabelados” já têm seu próprio terreno, registro civil e acesso aos cuidados de saúde.
“Actualmente, os “rabelados” já têm sete crianças no liceu, uma miúda na universidade em Assomada e um engenheiro civil formado”, comemora Misá. Enquanto avança com as acções de integração e melhoria das condições de vida na comunidade de Espinho Branco, Misá vai lançando as bases para um “museu antropológico”. “Os rabelados têm a ciência do fazer com as mãos, uma consciência anímica muito ligada a uma consciência do continente, são a pequena África de Cabo Verde. São um patrimônio vivo, que precisa ser conhecido e respeitado”.
A artista plástica Misa e o coordenador da Unidade de Coordenação da Reforma do Estado, Carlos Santos
Cabo Verde avança com o Reforço da Regulação
O reforço do sistema regulatório é uma das dimensões chave da Reforma do Estado em Cabo Verde.
A Agenda para a Reforma do Estado pretende alavancar o sistema regulatório, dotando-o de mecanismos necessários à promoção do desenvolvimento sócio-económico.
Uma das linhas de referência adoptadas para a formualção da estratégia de reforço do sistema regulatório são as recomendações e melhores práticas internacionais, nomeadamente as preconizadas pela OCDE ( OECD – Organization for Economica Co-Operation and Development). A OCDE decompõe a reforma da regulação em três fases.
Cabo Verde pode enquadrar o seu processo de reforma da regulação na segunda fase: melhoria da qualidade de regulação que se centra na qualidade da regulação, assegurando: o seu carácter efectivo, apresentando uma significativa preocupação com o custo dessa actividade; a melhoria dos processos de regulação e o alargamento e facilitação do acesso à regulação.
O Reforço do Sistema Regulatório, no âmbito do processo de Reforma do Estado assenta em dois pilares de actuação:
- Modelo Base de Regulação;
- Regulação em Rede.
O Plano Referencial Reforço de Regulação surgiu a partir de três grandes conclusões:
- Que reforço da regulação e a fiscalização constituem imperativos, face as fragilidades constatadas na estrutura e no funcionamento do Estado (através da análise auditoria institucional a 114 organismos do Estado e das recomendações do Fórum sobre Regulação realizado em 2008).
- O reforço da regulação é indispensável para a Reforma do Estado no sentido da re -conceituação das funções do Estado, instrumental a estratégia de transformação, para a competitividade do País e melhoria do ambiente de negócios;
- Dada à pequenez, insularidade do País e exiguidade de recursos é insuportável a prazo manter a pesada estrutura actual, afigurando-se por conseguinte, proceder à RACIONALIZAÇÃO DE ESTRUTURAS E CUSTOS;
Como reforçar?
Em traços gerais, procedendo a:
- Clarificando das estruturas e do sistema regulatório, através de:
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- Criação de uma Alta Autoridade de Defesa da Concorrência;
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- Consolidação das agências reguladoras sectoriais num número reduzido de agências multissectoriais, acumulando tanto as funções de regulação económica como de regulação técnica;
- Concentração das actividades de inspecção económica numa única entidade, ao serviço de todos os serviços do Estado e das autoridades reguladoras.
- Capacitando institucional e técnica das entidades reguladoras e fiscalizadoras, através de:
- Qualificação e formação dos recursos humanos;
- Partilha de recursos comuns;
- Reforço de meios técnicos e tecnológicos.
A reforma do sistema regulatório contribuirá para o desenvolvimento socioeconómico, uma vez que permitirá estimular a confiança dos cidadãos e das empresas nacionais e estrangeiras, melhorar o clima de investimento e promover as práticas concorrenciais livres.
http://www.reformadoestado.gov.cv/
Regulação e Inspecção
Relatório Reforço da Regulação
Regime J. Entid. Regul. Indep.